O Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores: o encontro tão esperado

Por Beatriz Soares

Durante o período da Semana Santa, várias celebrações marcam o caminho até a Páscoa , uma delas é a Procissão do Encontro, um  momento de profunda reflexão  do encontro doloroso entre a Virgem Maria com seu filho Jesus carregando a cruz até o Calvário, pelas ruas de Jerusalém, após ser flagelado. 

A procissão que é a confirmação da profecia da “espada de Simeão”, esteve na mente de Jesus durante 30 anos de sua vida, ilustrada transpassando a imagem de Nossa Senhora das Dores, com a confirmação do que Jesus sentiu no corpo, Maria sofreu na alma. 

Não há dor que se compare a que Nossa Senhora sentiu quando encontrou o seu filho carregando a cruz e vendo ser insultado como se fosse um criminoso. A aceitação de Maria para que a vontade de Deus fosse feita é um dos espelhos mais certos para os fiéis seguirem durante sua caminhada com Cristo. 

Pela tradição são separadas duas procissões, uma dos homens acompanhando a imagem do Senhor dos Passos, e uma das mulheres, meditando as setes e acompanhando a imagem de Nossa Senhora das Dores. 

“Um outro fator muito importante é a divisão que a gente faz na verdade das duas procissões. Ela não é para retratar justamente a figura do homem mas não é necessariamente questão de gênero, não é? Mas é uma questão muito mais simbólica, né? Nossa Senhora representando as mulheres e Jesus representando os homens. É na experiência da própria vida, a vida é uma experiência de encontro. O encontro entre o homem e a mulher é dali que gera também a vida. Então Nossa Senhora encontra  seu filho Jesus,  no fundo  ela representa todas as mulheres, não somente aquelas que são mães biologicamente, mas aquelas que também são mães do coração, são mães na responsabilidade. E os homens justamente representado por nosso Senhor dos Passos, aquele que carrega a cruz representando justamente os homens e o seu sofrimento também, a cruz de cada dia, o trabalho, o suor do trabalho”, explica Padre Paulo Nunes, responsável por trazer e fazer com que a comunidade  entenda e viva através do sofrimento um momento de fé e humildade. 

“Essa tradição na verdade eu trouxe pra paróquia porque achei que seria muito significativo. Primeiro somos uma paróquia Mariana, eu acho que  trazer um pouco essa identidade Mariana  a partir também de Nossa Senhora no aspecto do seu sofrimento e da sua dor,  não somente da aparição de Fátima, também no fundo pra poder trazer a luz  do ressuscitado. Maria é aquela que na verdade é a mulher vestida de sol, né? A lua debaixo dos seus pés, a coroa, não é?  E nosso senhor não é somente aquele que morre na cruz, mas é aquele que também ressuscita. Então é um encontro de dores, mas é um encontro também ressuscitado”, reitera ele. 

A celebração aconteceu na terça (12) pela noite e contou com diversos paroquianos em oração e meditação pela Semana Santa que se inicia, e com certeza trouxe muitos frutos e graças para a vida de cada um.

O paroquiano Philippe Fernandez que fez questão de estar presente nos contou como foi viver esse momento, “ A procissão pra mim é algo assim que a nossa igreja, ela nos abençoa demais, porque é um momento muito forte. É um momento onde a gente já prepara o nosso coração para viver a paixão em Cristo. A paixão e a ressurreição. E ontem pra mim foi muito forte,  porque ultimamente eu tenho estado um pouquinho mais do lado de fora. Estava um pouquinho distante da minha fé, da minha religião, das minhas orações e desde a semana passada Deus tem tocado muito o meu coração. E a procissão do encontro é algo muito forte sim porque se a gente for parar pra pensar são os dois encontros.  O encontro de Jesus ali caminhando até o calvário e Nossa Senhora acompanhando esse momento. E imagina a dor de Cristo saber que ia morrer. Imagina a dor de Nossa Senhora sendo crucificado. Que imagina ali no coração de Nossa Senhora saber que o seu filho foi traído. Saber que o seu filho ali naquele momento está sofrendo. Sabe que tantas pessoas se voltaram contra Jesus naquele momento. Então é um momento que já nos prepara pra realmente a gente viver o tríduo pascal”.

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