São Paulo, na Carta aos Romanos, ensina: “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (5,5). As palavras do Apóstolo nos fazem enxergar que, um coração esperançoso é um coração cheio do amor de Deus, pois nos deu no Seu Espírito. É esta mesma esperança que fez o Papa Francisco invocar como dom no Jubileu 2025 num mundo marcado pelo conflito de armas, desvalorização da vida, destruição, ódio contra o próximo, fome, degradação da natureza e toda ecologia, baixa taxa de natalidade e guerras. A esperança, neste sentido, torna-se o bálsamo de Deus derramado sobre as feridas de uma humanidade oprimida pela “brutalidade da violência” ou que se encontra nas garras de um crescimento exponencial da pobreza. 

 Com o versículo de Paulo, “Spes non confundit“ (“a esperança não decepciona”), que dá nome a Bula Papal que proclama o Jubileu Ordinário entregue pelo Papa às Igrejas dos cinco continentes do mundo, a reflexão se divide em 25 pontos, contando súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema “Peregrinos de Esperança”. 

 Diante de um mundo tão obscuro, indiferente a Deus e, cada vez mais, mergulhado no desespero de seus próprios erros, o Ano Jubilar de Esperança vem trazer luz aos nossos olhos, alegria ao coração e esperança as nossas vidas: em Deus, tudo tem jeito. Não sejamos escravos do desespero maquiado de pão e circo, iludido pela falsa profundidade dos espelhos, mas abracemos a esperança, que para nós, cristãos, não é um sentimento ou uma sensação psicológica, mas uma pessoa: Jesus! Onde tem Jesus, tem esperança. E, se tem esperança, tem Jesus! 

 Portanto, alegremo-nos, também, neste ano, por nossa paróquia que, duplamente jubila, seja por conta do Ano de Esperança, seja por conta da celebração dos seus 15 anos de fé e história. Que sejamos nós, portadores de esperança no mundo, em nossa cidade, em nosso bairro, em nossa família. Alegremo-nos, pois o Senhor caminha conosco e enche as nossas vidas de uma nova esperança para que possamos tocar os corações aflitos, doentes, tristes, desesperados e confundidos pelas mentiras do mundo. 

 Somos peregrinos de esperança e nossa esperança não nos confunde e nem decepciona, mas nos enriquece e fortalece. Caminhemos, como romeiros, cantemos como Davi no Templo Sagrado, sejamos estrela como Maria à conduzir a Cristo, todas as pessoas e circunstâncias a nós confiadas! 

 Nossa Senhora da Esperança, a Estrela do Mar, Senhora de Fátima, rogai por nós!