Caro paroquiano ou amigo de nossa Paróquia

Caro paroquiano ou amigo de nossa Paróquia,

A Igreja, convocada pelo Papa Francisco, nos faz uma proposta de caminhada e, esta proposta nos interpela a um caminho de escuta e encontro, gerando uma “sadia descentralização”, ou seja, capaz de caminhar juntos, clero e leigos, gerando uma cultura de aliança. Esta proposta sinodal nos encaminha para outra visão dos rumos da Igreja, pois se torna relevante, não só a escuta aos Bispos e ao Clero em geral, mas a todo Povo de Deus, numa proposta de viver a sinodalidade em todo seu caminho evangelizador, através da comunhão, participação e missão.

Assim, nos ensina Francisco: “O mundo em que vivemos e, que estamos chamados a amar e a servir, também, nas suas contradições, exige da Igreja a potenciação das sinergias em todos os âmbitos da sua missão” (Vademecum). E, pensando assim, a nossa Pastoral do Dízimo da Arquidiocese, nos lançou a proposta de vivermos também, esta realidade sinodal, neste mês de julho de 2022, mês dedicado a conscientização da comunidade sobre a Partilha e a sua importância, com o tema:

Dízimo, “Sinal de Comunhão, Participação e Missão por uma Igreja Sinodal”.

De que maneira podemos viver a realidade sinodal na Partilha, devolvendo o nosso dízimo? Antes de responder esta pergunta, nos perguntemos: O que gera o meu dízimo dentro da minha comunidade e na vida da Igreja? Certamente, sempre encontramos nas paróquias, aquelas pessoas que são capazes de fazerem qualquer coisa pela comunidade, mas muitas vezes, algumas não fazem pela comunidade, mas por causa do padre: se vai ter uma festa, compra um ingresso; faz um bolo pra vender na Quermesse; compra os tecidos das roupas da quadrilha de São João; compra os foguetes para a festa do padroeiro; compra o ventilador que estava quebrado; já canta na comunidade; ajuda voluntariamente nas pastorais e atividades sociais; faz leitura nas missas; coordena uma pastoral e, até participa do Conselho Pastoral ou Econômico e etc. Pois bem, muitos podem não ser comprometidos com o dízimo paroquial, mesmo que, inegavelmente façam tudo isso por amor. Isso é como alguém que ama aquele pai de família, mas não a família dele, ou seja, muitas vezes, ama o padre, não a comunidade.

Aqui, geramos um problema crônico em nossas paróquias, pois o meu dízimo não pode ser uma oferta esporádica, de desencargo de consciência, de querer ajudar o coitadinho do padre, de resolver aquele probleminha imediato... mas nada disso ajuda a comunidade a viver a sua missão plena, pois ela estará sempre dependendo destas migalhas esporádicas. Se você pode, no seu a mais fazer tais doações, faça com muito amor e carinho, mas não deixe de ser fiel ao seu compromisso com Deus através da comunidade, por meio do seu dízimo. A comunidade cresce por causa do seu sim, financeiro também, afinal, o seu amor pela comunidade não deve acabar porque o padre saiu, mas muito pelo contrário, é pelo belo trabalho daquele padre que você continua amando a sua comunidade e fazendo-a crescer na missão.

A devolução do nosso dízimo é compromisso e responsabilidade com a missão da nossa comunidade em todas as dimensões, pois se todos formos, em nossa comunidade dizimistas, não necessitaríamos de migalhas, favores, ou ainda que seja, realizar tantas festas, rifas, lanches, feijoadas e etc. Pela devolução do nosso dízimo, fazemos Comunhão com a vida da Igreja, participamos ativamente com os compromissos da nossa comunidade e, consequentemente, somos missionários, membros vivos de nossa Igreja e comprometidos com ela e sua missão, bem como as suas responsabilidades religiosas, patrimoniais, operacionais e sociais.

Dízimo por obrigação? Gratidão? Porque gosta do padre? Dízimo simbólico? Garantia de prosperidade? Forma de não sofrer provações? Qual tem sido o seu sentimento naquele momento que você faz a sua devolução do seu dízimo? Muitos fiéis acreditam que Deus vá castigá-los se eles não devolverem o dízimo ou darem ofertas. Com medo de algum castigo divino, entregam uma quantia às vezes séria, às vezes só simbólica, e, às vezes ainda fazem de rosto cerrado, mãos inseguras, corações desconfiados e mentes voltadas apenas para o lado material. As Sagradas Escrituras nos ensinam pelo Apostolo Paulo: “... Deus ama ao que dá com alegria” (II Cor 9,7). É com esse sentimento que o cristão deve consagrar o seu dízimo: colocando-se perante Deus e honrando-o, dando graças por tudo o que Ele tem dado para o seu sustento e para a sua vida.

Por fim, a proposta do tema, deste ano, é uma proposta de fazermos um caminho juntos e sermos dizimistas por amor e por consciência reta, pois assim, é que deve ser uma forma concreta de caminharmos juntos com a Igreja, e consequentemente com a nossa comunidade, lugar onde abraçamos a fé, celebramos, rezamos, festejamos, criamos laços, recebemos os sacramentos, orientação, aconselhamento, rimos e choramos, nos refugiamos e encontramos alento e que, incansavelmente rezamos com o salmista, que diz: “Que alegria quando ouvi que me disseram: Vamos a Casa do senhor!” (Sl 121/122) e, gerando assim, uma cultura de solidariedade.

 

 

Pe. Paulo Nunes Santos e Pe. Janio Reis da Silva

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