Por João Melo e Maraisa Oliveira

Um dia marcado pelo cuidado, escuta e doação,  13 de novembro de 2022, caracteriza-se o Dia Mundial dos Pobres, data que é vista pela  igreja, como uma data de conscientização, tanto no que diz respeito ao dever da pessoa como cidadão, quanto no tocante religioso cristão.

A data que foi instituída pelo Papa Francisco ressalta a importância das ações sociais em que a Igreja está diretamente envolvida, fazendo jus ao que pregou o próprio Cristo, o qual fez-se pobre para ajudar os menos favorecidos e mais sensibilizados da sociedade.

É visível em todo o mundo que as grandes desigualdades sociais levam muitas pessoas a situações precárias e desumanas, este chamado é uma reflexão para todos. Segundo dados da Organização das Nações  Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), há 56,6 milhões de latino-americanos e caribenhos que passam fome e 268 milhões de pessoas com insegurança alimentar moderada ou grave.

Em junho deste ano, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) divulgou que 33,1 milhões de pessoas no Brasil não têm o que comer, significa que 15,4% da população brasileira não tem condições de colocar comida na mesa, onde  seis em cada dez famílias estão em situação de insegurança alimentar.

Diante dos dados apresentados  é preciso ter um olhar mais sensível e misericordioso com os menos favorecidos, a miséria não está apenas na fome e nas precariedades que a pobreza trás, mas também o lado perverso da alma de quem não entende o quão feio é virar a cara para essa situação. Assim nos fala  o Papa Francisco

"A pobreza que mata é a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e da iníqua distribuição dos recursos. É a pobreza desesperada, sem futuro, porque é imposta pela cultura do descarte que não oferece perspectivas nem vias de saída. É a miséria que, enquanto constringe à condição de extrema indigência, afeta também a dimensão espiritual, que, apesar de muitas vezes ser transcurada, nem por isso deixa de existir ou de contar" 

Desta forma, como gesto de cuidado e doação, as paróquias espalhadas pelo mundo realizaram durante esse dia, momentos de ações sociais que envolvesse cada um dos muitos espalhados pelo mundo que estão em alguma situação de necessidade. A Paróquia Nossa Senhora  de Fátima, Stella Maris realizou juntos aos voluntários da Obra Social, uma tarde de acolhida, que teve inicio às 11 horas com a missa, onde recebeu as famílias que estão cadastradas pela paróquia e são assistidas, houve momentos de brincadeira para as crianças, música ao vivo seguido de um delicioso almoço.

Uma tarde onde foi possível no sorriso de cada um, sentir a esperança de dias melhores.