Voltar às Origens

Na Vigília Pascal da Noite Santa deste ano de 2023, na Basílica de São
Pedro, o Papa Francisco, na sua homilia, comentava o convite do Senhor aos
discípulos: que partam para a Galileia, porque lá O verão (cf. Mt 28, 7). Convite
revelado pelo anjo às santas mulheres, na entrada do túmulo vazio de Jesus,.
O Santo Padre perguntava-nos, na sua homilia, o que significa hoje “ir
para a Galileia”? Uma das respostas, – “e isto é maravilhoso – voltar às
origens”, afirmava sua Santidade.
Nas linhas seguintes da homilia o papa desenvolve o pensamento,
finalizando a sua reflexão com a seguinte frase: “Voltemos à Galileia, à Galileia
do primeiro amor, cada um volte à sua própria Galileia, a do primeiro encontro,
e ressurjamos para uma vida nova!” (Cf. site do Vaticano).
Lançado o desafio do Papa Francisco, perguntemo-nos agora, como
cada um de nós pode voltar às origens?
É possível até que alguns achem que não há necessidade de esse voltar
às origens, já que a nossa caminhada de fé é real, produtiva, positiva. Vamos à
missa todos os domingos, comungamos e regularmente nos aproximamos do
sacramento da penitência, para que sejamos perdoados das nossas fraquezas.
Pertencemos a uma Pastoral e participamos de todas as reuniões e das
atividades determinadas. Temos contribuído, todos os meses, com uma cesta
básica para as obras sociais da Paróquia e até temos visitado doentes!...
Mas perguntemo-nos, será que todas essas realizações não são
instintivas, movidas apenas por uma noção de dever ou até resultado da
habituação? Onde está Jesus, nessa atividade religiosa? Nós encontramos o
Senhor quando levamos uma cesta de alimentos à Paróquia para que seja
direcionada a quem passa fome? Somos capazes de visualizar a face de
Jesus, nos rostos famintos de quem procura o alimento e nos doentes que
visitamos?
Se não conseguimos sentir a presença do Senhor na nossa vida
religiosa, então é hora de escutarmos o Papa Francisco e voltarmos às origens.
Mas como atingir as nossas origens se elas já se perderam na bruma e
nas barreiras do tempo, contado em consideráveis anos de vida, e fisicamente
bem distantes, muitas vezes em regiões remotas?
Se formos determinados e colocarmos toda a força de vontade nesse
propósito, as nossas origens poderão, sim, ficar bem próximas na mente e no
coração. Através da reflexão e da rememoração, esses momentos iniciais de
contato com Jesus e Sua Mãe ficarão bem presentes em nossa vida.
Padre Zezinho expressa muito bem esse pensamento na canção “Maria
da Minha Infância” quando diz “Eu era pequeno, nem me lembro / Só lembro
que à noite, ao pé da cama / Juntava as mãozinhas e rezava, apressado / Mas
rezava como alguém que ama”.
Recordarmos que os nossos pais tiveram um papel preponderante numa
religiosidade profunda e sincera, provavelmente nos fará visualizar com
emoção um encontro verdadeiro com Jesus, que nos levava a desejar com
ansiedade a missa dominical, os encontros de catequese, a primeira
comunhão...
Mas, após voltarmos às origens, podemos retornar aos nossos dias
atuais e trazer todos esses ensinamentos colhidos na infância e adotá-los na
nossa própria família. Reunir pais e filhos do nosso lar, ao redor da cama ou da
mesa, juntarmos as nossas mãos e rezar como quem realmente ama, teremos
a certeza de que, sim, finalmente encontraremos Jesus.

 

 

 

 

 

 

 

Fernando José Pinto
Legionário de Maria

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